Comercialização de energia em 2024: tendências e novidades

Descubra as atualizações de 2024 na comercialização de energia no Brasil, incluindo oportunidades no mercado livre e avanços sustentáveis.

Data de publicação: 26/03/2024

Em 2024, soluções que equilibrem a eficiência operacional com a responsabilidade ambiental continuam sendo o foco de diretores de operações e líderes de empresas — e, nesse sentido, a comercialização de energia se destaca para redução de custos e práticas sustentáveis.

Com novas regulamentações e tendências que estão definindo o Mercado Livre de Energia em 2024, as modalidades de consumo de energia possibilitam um futuro mais resiliente e ecologicamente responsável para muito mais empresas. Veja quais são as novidades do setor!

Como funciona a comercialização de energia?

No Brasil, a comercialização de energia elétrica é um processo dinâmico que envolve dois ambientes principais: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e o Ambiente de Contratação Livre (ACL).

No ACR, os consumidores, principalmente residenciais e pequenos negócios, adquirem energia a preços fixados pelo governo por meio das concessionárias. Em contraste, o ACL é um espaço onde consumidores de grande escala, como indústrias, têm a liberdade de negociar energia diretamente com os fornecedores.

Este mercado conta com a participação ativa de diversos agentes. Os geradores de energia, que produzem eletricidade por meio de fontes variadas como hidráulica, solar, eólica e térmica, são fundamentais.

Os consumidores se dividem em dois grupos: os "livres", que geralmente representam grandes consumidores industriais, da área da saúde etc., e os "cativos", que são atendidos pelas distribuidoras locais.

As comercializadoras também desempenham um papel imprescindível, atuando como intermediárias entre geradores e consumidores no ACL, facilitando a negociação e a venda de energia.

Regulação e monitoramento

A regulação e o monitoramento deste mercado são responsabilidades da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Estas entidades garantem a transparência e o equilíbrio nas operações do mercado, estabelecendo regras claras e supervisionando as transações comerciais.

Com a previsão de inclusão de um maior número de empresas, mudança que promete aumentar a competitividade e oferecer mais opções para os consumidores, o Mercado Livre de Energia tem se firmado como uma das maiores tendências no setor de energia, com outras atualizações já em vigor.

Abertura para pequenas e médias empresas

A expansão do Mercado Livre de Energia em 2024 inclui a abertura para pequenas e médias empresas, permitindo negociar preços mais competitivos e condições personalizadas de contrato com comercializadoras, por exemplo. Essa mudança foi possibilitada pela revisão das regras de elegibilidade, assim,  empresas com menor demanda de energia agora podem negociar contratos diretamente com fornecedores — anteriormente, apenas grandes consumidores tinham acesso a esse mercado.

Para ingressar no Mercado Livre, essas empresas devem se registrar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ou buscar uma comercializadora varejista que as auxilie nesse processo.

Ajustes nas modalidades de despacho

Modalidades de despacho referem-se às diferentes formas como a energia elétrica é distribuída e gerenciada na rede, baseadas em critérios como demanda, custo de geração e fonte de energia. São regras que determinam quais usinas geradoras devem operar em determinados momentos para atender às necessidades de consumo de forma eficiente e econômica.

As novas regras referentes às modalidades de despacho, por sua vez, estabelecidas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), focam em melhorar a eficiência e a confiabilidade na distribuição de energia.

Esses ajustes incluem critérios mais detalhados para o despacho de energia baseado em aspectos técnicos e econômicos, o que garante uma operação mais eficiente do sistema energético, reduzindo desperdícios e custos operacionais.

Limitação para comercializadores Tipo 2

Anteriormente, não havia limites específicos para a quantidade de energia que comercializadores Tipo 2 podiam negociar. Essa falta de limitação gerava desequilíbrios no mercado, com algumas empresas dominando grandes parcelas do fornecimento.

A nova restrição a 30 MWmed visa criar um ambiente de mercado mais equitativo e evitar a concentração de mercado, promovendo uma distribuição mais justa da energia.

Automatização no Proinfa

A automatização no Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) transformou a forma como as cotas de energia são gerenciadas. Antes, o processo era mais manual e sujeito a erros.

Agora, com a automatização, há uma maior precisão e eficiência na alocação de energia renovável. Essa mudança simplifica a administração do programa e facilita a transição do Brasil para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Competitividade e eficiência ampliadas

As alterações no Mercado Livre de Energia estão impulsionando a competitividade e a eficiência. Inclusive, a energia solar, com seus custos decrescentes e tecnologia em evolução, oferece uma alternativa sustentável e economicamente atrativa.

Isso não apenas beneficia os consumidores com preços mais baixos, mas também promove práticas de consumo de energia mais sustentáveis e responsáveis, meta que pode ser atendida com a entrada no Ambiente Livre de Contratação.

Ambiente cativo x Ambiente Livre de Contratação

A escolha entre o Ambiente Cativo e o Ambiente Livre de Contratação (ACL) é crucial para as empresas que buscam otimizar seus custos e operações energéticas. Vejamos as diferenças e vantagens, especialmente do ACL:

Ambiente cativo

  • Regulação de preços: no ambiente cativo, os preços da energia são regulados e fixados pelo governo;
  • Fornecimento: os consumidores recebem energia das distribuidoras locais, com pouca flexibilidade em termos de escolha de fornecedor ou tipo de energia;
  • Estabilidade: oferece uma certa estabilidade de fornecimento, mas com menos opções de otimização de custos.

Ambiente Livre de Contratação (ACL)

  • Negociação direta: empresas no ACL negociam diretamente com fornecedores, escolhendo as melhores tarifas e condições de contrato;
  • Flexibilidade: maior liberdade para escolher fornecedores e fontes de energia, incluindo opções renováveis;
  • Custos competitivos: possibilidade de negociação de preços mais baixos, adaptados às necessidades específicas da empresa;
  • Energia renovável: maior acesso a fontes de energia sustentáveis, alinhadas com metas ambientais e de sustentabilidade corporativa;
  • Impacto ambiental: o ACL favorece a adoção de energias renováveis, contribuindo para a redução da pegada de carbono;
  • Inovação e parcerias estratégicas: o ACL incentiva inovações e parcerias, como as oferecidas pela EDP, que podem ajudar empresas a otimizar o uso de energia;
  • Soluções personalizadas: a EDP, por exemplo, oferece soluções adaptadas às necessidades específicas de cada empresa, ajudando na gestão eficiente da energia.

O ACL representa uma oportunidade para as empresas não apenas reduzirem custos, mas também adotarem práticas mais sustentáveis e inovadoras. Com o apoio de parceiros estratégicos como a EDP, as empresas podem aproveitar ao máximo os impactos do mercado livre de energia.

O futuro energético em 2024: eficiência e inovação

As transformações no Mercado Livre de Energia em 2024 representam um marco para o setor elétrico no Brasil. Com a abertura para pequenas e médias empresas e a inclusão de novas modalidades de contratos, o mercado está se tornando mais acessível e diversificado.

Esse cenário não apenas responde às necessidades atuais de eficiência e sustentabilidade, mas também pavimenta o caminho para um setor energético adaptável. E, para empresas em busca de soluções inovadoras em energia, a parceria estratégica torna-se um fator-chave.

Faça parte da transição energética e descubra como a comercialização de energia da EDP pode beneficiar o seu negócio.

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