LCOE: o que é e como calcular o custo nivelado de energia?

A busca por fontes mais eficientes e sustentáveis de energia é uma das principais pautas em debates sobre o futuro do planeta, uma vez que impacta aspectos sociais, econômicos e ecológicos importantíssimos. A LCOE surgiu como uma forma de uniformizar e comparar os custos dessas diferentes fontes, resultando em dados precisos e permitindo análises mais completas.

Na prática, isso faz toda a diferença. Afinal, uma vez que existe uma avaliação objetiva e assertiva sobre o potencial de cada fonte energética, torna-se mais fácil tomar decisões conscientes e responsáveis. Isso gera ganhos para o ecossistema, que passa a sofrer menos com os impactos da produção de energia, e para a população, que recebe um serviço de melhor qualidade com mais economia.

Mas, para que essa conquista seja alcançada, é preciso conhecer e manusear as ferramentas corretas. A LCOE é um exemplo disso, tendo se tornado uma referência no universo da energia e se consolidando como uma estratégia confiável para estudos sobre esse tema. A seguir, você aprenderá o que é a LCOE e como ela funciona.

A sigla LCOE representa o Custo Nivelado de Energia (do inglês, Levelized Cost of Energy) e é conhecida como uma das principais métricas da indústria da energia, uma vez que avalia e compara o custo da produção de eletricidade entre diferentes fontes e tecnologias de geração.

Ou seja, a LCOE proporciona uma estimativa do custo médio por unidade de eletricidade ao longo de toda a sua vida útil, desde a sua instalação, passando por aspectos como investimento de impacto, investimento inicial, operação, manutenção, custo do combustível (caso seja usado), taxa de desconto e chegando até a expectativa de vida útil.

O que torna a LCOE tão interessante para o empreendedorismo sustentável é o seu potencial de criar bases equitativas de comparação, mesmo com uma série de fatores variáveis que podem influenciar essa avaliação. Ela é válida tanto para fontes renováveis quanto para as que dependem de combustíveis fósseis convencionais.

A esse ponto, você deve estar imaginando cálculos extremamente complexos e extensos para a medição da LCOE. No entanto, a verdade é que essa ferramenta utiliza uma fórmula simples e estratégica para gerar comparações entre fontes de energia. Aqui está ela:

LCOE = CT  / EP

CT: custo total da usina

EP: energia total produzida ao longo da vida útil da usina

Aqui vão alguns dos aspectos avaliados:

• Capex (Investimento Inicial): representa os custos associados à construção do empreendimento de geração de energia, incluindo aquisição de equipamentos, infraestrutura e instalação;
• O&M (Operação e Manutenção): refere-se aos custos recorrentes para garantir o funcionamento eficiente da planta ao longo do tempo;
• Custo do Combustível (se aplicável): este componente é relevante para fontes convencionais de energia, como termelétricas, onde há custos associados ao combustível utilizado na geração;
• Taxa de Desconto: é a taxa utilizada para trazer os custos futuros a valor presente. Geralmente, é aplicada uma taxa de desconto para refletir a preferência temporal do dinheiro;
• Energia Gerada: quantidade de eletricidade gerada pela instalação em cada ano ao longo de sua vida útil;
• Valor Residual: valor estimado da instalação ao final de sua vida útil, muitas vezes levando em consideração a possibilidade de revenda ou reaproveitamento de equipamentos;

Vida Útil: período estimado de operação da planta, muitas vezes determinado pela expectativa de vida útil dos equipamentos.

Se você tem interesse no tema da LCOE, provavelmente está procurando saber um pouco mais sobre a terminologia envolvida no universo da energia. Para facilitar a sua jornada, preparamos um resumo sobre os principais conceitos da área:

• KWP: refere-se à potência de pico instalada de um sistema de geração de energia, medida em quilowatts-pico (kWp);
• IRR (Internal Rate of Return): é uma métrica financeira frequentemente utilizada em conjunto com o LCOE para avaliar a atratividade de investimentos;
• PPA (Power Purchase Agreement): é um contrato entre um produtor de energia e um comprador;
• FIT (Feed-in Tariff): oferece incentivos financeiros, como tarifas preferenciais, para produtores de energia renovável, como forma de estimular a geração de eletricidade limpa;
• LCA (Life Cycle Assessment): é uma abordagem que avalia os impactos ambientais associados a um produto ou processo ao longo de seu ciclo de vida;
• NREL (National Renewable Energy Laboratory): um importante centro de pesquisa nos Estados Unidos, que conduz estudos e fornece recursos relacionados à energia renovável;
• DC (Direct Current) e AC (Alternating Current): tipo de corrente elétrica em um sistema – corrente contínua e corrente alternada.

No contexto da energia solar, o Capex envolve os custos associados à instalação de painéis solares, inversores, estrutura de suporte, sistema de armazenamento (se aplicável) e outros componentes necessários para a geração de eletricidade a partir da luz solar.

Os custos recorrentes relacionados à operação e manutenção de sistemas solares incluem atividades como limpeza dos painéis, monitoramento do desempenho, inspeções regulares e a manutenção de equipamentos. Manter o sistema solar em bom estado é crucial para otimizar a produção de energia ao longo do tempo.

A quantidade de eletricidade gerada por um sistema solar é um fator crucial para o cálculo do LCOE. A eficiência dos painéis solares, a inclinação e orientação corretas, bem como as condições meteorológicas locais, influenciam diretamente a quantidade de energia produzida.

A expectativa de vida útil dos componentes, especialmente dos painéis fotovoltaicos, é uma consideração importante no cálculo do LCOE. Projetos solares são projetados para operar por décadas, e a durabilidade dos equipamentos é crucial para a rentabilidade a longo prazo.

Ao final da vida útil do projeto solar, pode haver um valor residual associado aos equipamentos que ainda têm algum valor de revenda ou reaproveitamento. Isso pode afetar a análise do LCOE em negócios sustentáveis.

Questões como a quantidade de irradiação solar disponível em uma determinada região, influenciada pela latitude, altitude e condições meteorológicas, afetam diretamente a produtividade de um sistema solar e, consequentemente, o LCOE.

O setor solar tem sido caracterizado por rápidas inovações e redução de custos. A análise do LCOE leva em consideração as mudanças tecnológicas ao longo do tempo para avaliar a competitividade contínua da energia solar nas empresas em relação a outras fontes de energia.

Agora que você já sabe o que é a LCOE e qual é a sua influência no universo da energia elétrica, vai gostar de saber que as expectativas para o futuro desse segmento são otimistas. Com a crescente evolução da pauta sustentável, ter métricas precisas sobre a eficiência energética é, com certeza, uma vantagem competitiva.

Ao apresentar valores compatíveis com a ESG na sua empresa, você se destaca diante de um público que se torna cada dia mais criterioso acerca desse tema. Para muitas pessoas, o primeiro passo é investir em soluções de energia solar, reconhecidas como fontes muito mais benéficas ao meio ambiente e com excelentes resultados de desempenho.

Caso tenha interesse em saber se a sua empresa pode aderir a alguma solução de energia solar, comece optando por parceiros que enxerguem o futuro e olhem para a mesma direção que você. A EDP é uma companhia com anos de experiência neste segmento e possui estratégias e técnicas para proporcionar o que há de melhor e mais sofisticado em termos de eficiência energética. Entre em contato com um de nossos especialistas!